As vezes tenho a impressão que não existimos, coexistimos.
Tenho tanta coisa dentro de mim, tantas coisas que adoraria expressar e expor, mas sei lá por qual motivo, ficam todas trancadas dentro do meu peito.
O vazio lacerante, o andar pesado pelas ruas, o sorriso na tentativa incontrolável de seguir em frente, de dar Adeus ao passado e trilhar novos rumos...
Nada parece fazer sentido, nada parece ter significado nesse mundo louco.
O peito dói, a alma corrói...
O telefone não toca, uma mensagem não chega.
Angustiante espera pelo nada.
Pensamento distante, em um passado remoto, em uma vida que não faz mais sentido.
Mudanças desprogramadas, vidas descordenadas.
Marasmo.
Andanças em círculos...
Desmotivações.
Borboletas mortas no estômago,
Flores secas nos vasos...
Vida esvaindo-se e ali se fica, sentado na cadeira carcumida,
Necessito de alegria, de coisas incríveis...
Necessidade de gritar a todos o que eu quero do mundo.
O que eu quero do mundo?
As coisas que trancamos no peito são as que mais doem
ResponderExcluircorroem
despem
destroem
Então não sentimos a existência e nos tornamos só
passos surdos na calçada
desejos secretos
sorrisos prosaicos
corações abertos.
As coisas secretas nas nossas vidas fingidas
acalentam o peso do silêncio
da esperança esquecida
dos sonhos contidos
e das paixões perdidas.
Nós não coexistimos
Nós apenas seguimos uns aos outros
na tentativa de encontrarmos
o que um dia fomos ou seriamos.
Então tu grita o que queres da vida
e o eco repercute sem ser ouvido.
Porque, no final, é preciso ter um coração para saber que os outros ainda existem
que nós ainda existimos
e que a vida não é apenas uma espera infinita.
Foi isso que senti quando li teu poema. Me identifiquei muito. Obrigada por me fornecer inspiração para dizer uma coisa que as vezes não consigo expressar.
Ai que lindo!
ExcluirJuro que fiquei emocionada.
É uma honra poder compartilhar momentos inspiradores com uma pessoa de tanto talento!
Eu que te agradeço, com todo o coração!
;)
Obrigada pela oportunidade Vania
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